Daniel Botelho passou 25 horas com tubarões-brancos em ilha do Pacífico.
Desde 2006, fotógrafo mergulha ao lado de espécies predadoras.
O fotógrafo Daniel Botelho tem chamado atenção no Brasil e no exterior
com a divulgação de seu último trabalho subaquático. As fotos do
brasileiro mostram o resultado de mergulhos sem gaiola de proteção ao
lado de nada menos que seis tubarões-brancos. A aventura ocorreu há duas
semanas na Ilha de Guadalupe, localidade do México que é banhada pelas
águas do Oceano Pacífico.Não foi a primeira vez que Daniel ficou cara a cara com uma das espécies mais temidas da natureza. Ele já esteve ao lado de 40 tubarões, em um mergulho na África do Sul. Foi nesse país, na cidade de Gansbaai, que em 2006 ele teve seu primeiro contato com tubarões sem o uso da gaiola de proteção.
Mergulho sem proteção ao lado de um tubarão-branco no Oceano Pacífico (Foto: Daniel Botelho)
Dali pra frente, sem levar nenhum arranhão, ele conseguiu provar com
suas fotografias que a ferocidade do tubarão-branco foi estigmatizada
pelo clássico filme de Steven Spielberg ("Tubarão", de 1975), e que
seguindo uma série de procedimentos o mergulho ao lado dos tubarões pode
ser seguro."O mais importante é conhecer o comportamento do animal, observar como está o humor dos tubarões", afirma Botelho, em entrevista ao G1. Além desta premissa básica, o fotógrafo alerta para outros procedimentos, como jogar pouca isca antes do mergulho para não agitar o animal e atiçar sua agressividade por comida.
A experiência também trouxe outros conhecimentos importantes, como a preferência dos tubarões por certos tipos de peixes usados como isca. "Ao jogar sardinha e pescada, os animais se mantêm calmos. Ao alimentá-los com atum, os tubarões ficam mais agitados."
Daniel ao lado de tubarão-branco (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
O contato visual é de extrema importância durante os mergulhos com
estes "animais curiosos", como Botelho classifica as quatro temidas
espécies de tubarões: tigre, branco, cabeça chata e
galha-branca-oceânico. A dica do mergulhador é nunca dar as costas para o
animal. "O que eu vejo não é perigoso, o perigo está no que eu não
vejo". É dessa maneira e com apoio de outros mergulhadores que Daniel
consegue acompanhar o comportamento dos tubarões. Caso sinta algum
perigo, ele pode se afastar ou então recorrer à gaiola de apoio.A sua busca por grandes animais o colocou em algumas situações de risco. Em uma delas, ao se aproximar de um filhote de baleia franca de quase 30 toneladas, quase foi prensado contra a sua mãe, uma baleia que pesava até 80 toneladas.
O próximo encontro de Daniel Botelho com os temidos animais vai ser no Havaí, onde vai mergulhar e fotografar tubarões tigres.
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Tubarão-branco no último trabalho do fotógrafo brasileiro (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Tubarão-branco passa ao lado de gaiola de proteção (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Mergulhador junto com um tubarão na região de Baja California (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
FONTE: G1
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