Análises feitas pela Vigilância da Saúde do Rio Grande do Sul em
produtos do primeiro lote de Toddynho com registros de problemas
apontaram um pH de 13,3, índice que se aproxima ao de materiais como
água sanitária e soda cáustica. A escala vai de 0 a 14, sendo os valores
mais altos os considerados alcalinos.Casos de reação a Toddynho chegam a 29 no Rio Grande do Sul / Ontem, mais lotes do achocolatado foram apontados como causa de
queimaduras por consumidores do Rio Grande do Sul, de acordo com a
Vigilância do Estado. O órgão recebeu mais sete notificações de pessoas que passaram mal ao
beber o produto. No total, já foram registradas 29 queixas de
queimaduras desde a semana passada, todas no Estado. A PepsiCo, no entanto, reafirma que apenas um lote (L4 32), com 80
produtos no total, tem problemas --são os consumidores que afirmaram
haver problemas em outros lotes do produto. Todos os consumidores passam bem. Eles relatam que sofreram irritação e
lesões na mucosa da boca. O produto, vendido em caixinhas de 200 ml,
teve a comercialização suspensa em todo o Estado. Crianças são maioria
entre as pessoas que tiveram reações, de acordo com a Vigilância da
Saúde. Só na cidade de Porto Alegre, foram registrados nove casos de pessoas
que passaram mal. Há notificações em 12 cidades de várias regiões do
Estado --até em municípios a mais de 300 km de Porto Alegre, como
Erechim.
Com as reclamações sobre outros lotes, novas amostras do achocolatado estão sendo recolhidas e encaminhadas para análise em um laboratório do governo do Estado. Na semana passada, a Vigilância gaúcha contatou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para os consumidores do Rio Grande do Sul, o órgão do Estado recomendou guardar unidades fechadas do achocolatado até que haja novas orientações. Orientou ainda que se procure um médico imediatamente em caso de reações ao alimento e que o consumidor entre em contato com órgãos de vigilância sanitária. De acordo com o Procon de Porto Alegre, quem sofreu queimaduras ao ingerir o produto deve pedir indenização na Justiça.
REINCIDENTE Com as reclamações sobre outros lotes, novas amostras do achocolatado estão sendo recolhidas e encaminhadas para análise em um laboratório do governo do Estado. Na semana passada, a Vigilância gaúcha contatou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para os consumidores do Rio Grande do Sul, o órgão do Estado recomendou guardar unidades fechadas do achocolatado até que haja novas orientações. Orientou ainda que se procure um médico imediatamente em caso de reações ao alimento e que o consumidor entre em contato com órgãos de vigilância sanitária. De acordo com o Procon de Porto Alegre, quem sofreu queimaduras ao ingerir o produto deve pedir indenização na Justiça.
Não é a primeira vez que ocorrem problemas na fabricação do Toddynho. Em 2007, quatro produtos da marca foram recolhidos em todo o país devido a uma "alteração de sabor" causada por um nível de cálcio acima do normal.
SAÚDE
Além de irritação na boca, a ingestão de um líquido com pH 13,3 pode causar lesões no esôfago e no estômago, segundo o professor de clínica médica da Unifesp Paulo Olzon. O médico pondera, no entanto, que a quantidade de Toddynho adulterado ingerida deve ter sido pequena em todos casos. Assim, a irritação sentida, de acordo com ele, deve ser leve e passageira. "Como a pessoa tende a parar de tomar ao sentir o gosto ruim, o volume ingerido não causa risco de morte, porque o pH ácido do estômago irá neutralizar [a alcalinidade]", diz o médico.
OUTRO LADO
A PepsiCo, responsável pela marca Toddynho, afirma que apenas um lote (de número L4 32), enviado ao Rio Grande do Sul, está com problemas de fabricação. Questionada sobre o surgimento de novos casos de ferimentos no Estado, conforme nota da Secretaria da Saúde, a empresa reafirmou que só 80 unidades do achocolatado estavam com alterações. A PepsiCo não informou se fez inspeções em sua fábrica para evitar novos problemas no produto. Em comunicado divulgado na sexta, a empresa dizia que possui "rigoroso controle de qualidade".
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
0 Comentários