
Com as reclamações sobre outros lotes, novas amostras do achocolatado estão sendo recolhidas e encaminhadas para análise em um laboratório do governo do Estado. Na semana passada, a Vigilância gaúcha contatou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para os consumidores do Rio Grande do Sul, o órgão do Estado recomendou guardar unidades fechadas do achocolatado até que haja novas orientações. Orientou ainda que se procure um médico imediatamente em caso de reações ao alimento e que o consumidor entre em contato com órgãos de vigilância sanitária. De acordo com o Procon de Porto Alegre, quem sofreu queimaduras ao ingerir o produto deve pedir indenização na Justiça.
Não é a primeira vez que ocorrem problemas na fabricação do Toddynho. Em 2007, quatro produtos da marca foram recolhidos em todo o país devido a uma "alteração de sabor" causada por um nível de cálcio acima do normal.
SAÚDE
Além de irritação na boca, a ingestão de um líquido com pH 13,3 pode causar lesões no esôfago e no estômago, segundo o professor de clínica médica da Unifesp Paulo Olzon. O médico pondera, no entanto, que a quantidade de Toddynho adulterado ingerida deve ter sido pequena em todos casos. Assim, a irritação sentida, de acordo com ele, deve ser leve e passageira. "Como a pessoa tende a parar de tomar ao sentir o gosto ruim, o volume ingerido não causa risco de morte, porque o pH ácido do estômago irá neutralizar [a alcalinidade]", diz o médico.
OUTRO LADO
A PepsiCo, responsável pela marca Toddynho, afirma que apenas um lote (de número L4 32), enviado ao Rio Grande do Sul, está com problemas de fabricação. Questionada sobre o surgimento de novos casos de ferimentos no Estado, conforme nota da Secretaria da Saúde, a empresa reafirmou que só 80 unidades do achocolatado estavam com alterações. A PepsiCo não informou se fez inspeções em sua fábrica para evitar novos problemas no produto. Em comunicado divulgado na sexta, a empresa dizia que possui "rigoroso controle de qualidade".
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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