Custo de produção já permite a produção. Agora, cientistas querem produzir em larga escala.
Normalmente, todo o lixo plástico que não pode ser reciclado vai direto para o aterro. Mas novas tecnologias devem permitir que, em breve, todo esse passivo seja convertido em combustível para carros e caminhões.
Só nos Estados Unidos, as pessoas despejam 48 bilhões de toneladas nos aterros todos os anos, e reciclam apenas 7% desse total. Engenheiros de uma empresa irlandesa chamada
Cynar afirmam que cada tonelada de plástico pode ser transformada em mais de 600 litros de diesel, 150 litros de gasolina ou 75 litros de querosene, todos prontos para serem utilizados.
A técnica, chamada pirólise, vem sendo desenvolvida há mais de 12 anos por empresas de todo o mundo. Ela varia um pouco de pesquisa para pesquisa, mas funciona basicamente assim: o lixo é separado e prensado em grandes cubos para facilitar o transporte. Já no local de processamento, o cubo de material reciclado é retalhado em pequenos pedaços e jogado em um grande forno abastecido por nitrogênio ao invés de oxigênio, e sempre a vácuo. O processo transforma o plástico em um gás, que depois se condensa em forma de líquido, que é tratado para a retirada de elementos estranhos. Esse líquido pode ser enviado para refinarias, a fim de se transformar em combustíveis diversos.
O grande desafio, agora, é fazer com que o processo funcione em escala industrial, mas os cientistas acreditam que, muito em breve, toda essa tecnologia estará disponível para o grande público. A Cynar, por exemplo, já assinou um contrato para construir 10 usinas no Reino Unido, e deve abrir outras no Canadá e Estados Unidos até o fim de 2012. O preço também já é competitivo: o custo da produção de combustível por meio da reciclagem é de 75 centavos de dólar por galão (cerca de 3,78 litros), e o galão de óleo diesel nos EUA está custando US$ 1,25.
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